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CORONAVIRUS – COVID-19

RESUMO PALESTRA DO INFECTOLOGISTA DR. MAURO TAMESSAWA EM 16/03/20 NO HOSPITAL DR. MURICY

O que é: vírus altamente contagioso, transmite-se com muita facilidade, mas não tão letal. É
transmitido pelo ar, superfícies e secreções de alguém contaminado. Não tem tratamento.
O fato de estarmos diante de um novo vírus sempre gera uma preocupação maior porque não se
sabe exatamente como ele se comporta, o quão facilmente sofre mutações. Não é possível afirmar
com certeza, por exemplo, se uma pessoa que foi infectada, mas ainda não apresenta sintomas,
pode infectar outras.
O contágio assintomático durante o período de incubação (que varia entre 1 e 14 dias) é uma
possibilidade grande, segundo as autoridades de saúde, mas isso não está 100% comprovado.
Como esse é um vírus novo, as pessoas não têm imunidade contra ele, o que faz com que o
contágio seja mais rápido (proliferação rápida, letalidade menor)
O número de novos casos tem crescido rapidamente, também porque o coronavírus pode ser
transmitido antes mesmo de os sintomas aparecerem, durante o período de incubação.
Apesar de ter uma capacidade de proliferação maior que a de outros vírus da mesma família,
como os que provocaram os surtos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) em 2002 ou da
Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers) em 2012, a letalidade desse coronavírus parece
ser menor, segundo os dados disponíveis até agora. Entretanto ele é muito mais contagioso.

SINTOMATOLOGIA
- 81% desenvolvem sintomas leves;
- 14% desenvolvem sintomas graves;
- 5% ficam em estado crítico.
A proporção de mortes causadas pela doença parece baixa (entre 1% e 2%) — mas as estatísticas
não são confiáveis.
Fato: a taxa de mortalidade do novo coronavírus aumenta a partir dos 60 anos e chega a 15% para
quem tem mais de 80 anos . Por dois motivos: a imunidade a partir dos 60 anos perde força, o que
deixa a pessoa mais suscetível a algumas doenças e também com capacidade comprometida de
lutar contra infecções. Além disso, existem as chamadas comorbidades. A chance de alguém com
mais de 60 anos ter outros problemas como diabetes, pressão alta, problemas cardíacos, entre
outros, é maior, o que gera um peso adicional no corpo na hora de lutar contra um novo vírus.

COVID-19 E O CLIMA
Não sabemos ainda qual vai ser o comportamento do vírus aqui porque estamos no verão. De
forma geral as temperaturas mais baixas aumentam o tempo de sobrevivência do vírus da gripe no
ar. No calor, portanto, a sobrevida deles fora do corpo é menor. No frio as pessoas tendem a ficar
mais em ambientes fechados, o que favorece a propagação de doenças respiratórias, porém como
nós não conhecemos totalmente as características do vírus, não conseguimos inferir como vai ser
o comportamento dele no Brasil.

O QUE FUNCIONA PARA COMBATER O VÍRUS
-Lavar as mãos com frequência é básico e é o que vem sendo apontado como mais eficaz.
Sempre e a todo momento, lavar as mãos com sabão após usar o banheiro, ao chegar em
casa ou antes de manipular alimentos; O ideal é esfregar as mãos por algo entre 15 e 20
segundos para garantir que os vírus e bactérias serão eliminados (é o tempo para se cantar
dois "Parabéns a você").

- Não botar a mão na boca, no nariz ou nos olhos também evita levar o vírus para as
mucosas do corpo, por onde ele também entra. Entra também por via aérea, ou seja,
alguém tosse, espirra e você respira aquilo;

- É fundamental usar lenço na hora que tossir ou espirrar e jogar aquele papel fora na hora;
- Manter hábitos saudáveis para fortalecer a imunidade. Ou seja, dormir a quantidade de
horas certas para a sua idade, alimentar-se bem, manter-se hidratado, fazer exercícios
físicos regularmente e tentar reduzir o estresse;

- Se você tem uma gripe, evite o contato com outras pessoas, mas principalmente com
idosos. Isso pode abrir caminho para uma infecção cruzada de dois vírus da gripe diferentes
que, vão sobrecarregar o sistema imunológico da pessoa.

- Se você estiver usando transporte coletivo relativamente vazio, os riscos mudam. Também
são fatores importantes o grau de ventilação dos veículos, a limpeza pela qual eles passam,
e quanto tempo você passa dentro deles.

- Manter o ambiente limpo — higienizar com soluções desinfetantes as superfícies da casa,
móveis e o telefone celular. Para limpar o celular, pode-se usar uma solução de 50% de
água e 50% álcool e pano limpo.

- O uso da máscara pede trocas com frequência — quando ela ficar úmida, por exemplo —,
encaixá-la bem nas orelhas e de forma a fechar entradas. Aquelas com filtros de ar ou de
materiais menos porosos, tem se mostrado mais eficientes.

- Manter o sistema imunológico fortalecido: dormir a quantidade de horas certas para a sua
idade, alimentar-se bem, manter-se hidratado, fazer exercícios físicos regularmente e
tentar reduzir o estresse.

- Se estiver em um ambiente público, por exemplo, ou com grande aglomeração, não toque
a boca, o nariz ou olhos sem antes ter antes lavado as mãos ou pelo menos limpá-las com
álcool. O vírus é transmitido por via aérea, mas também pelo contato.

- Cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar, de preferência com um lenço de papel, e lavar
as mãos depois, para evitar que o vírus se propague;

- Evitar passar a mão nos olhos, nariz e boca — se você tocar uma superfície contaminada
pelo vírus, poderá transferi-lo para o seu corpo;

- Não ficar muito perto de pessoas tossindo, espirrando ou com febre. Idealmente,
mantenha pelo menos 1 metro de distância.

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